quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Minha primeira grande aventura foi viajar para o Xingu

Minha super mamãe e eu no Rio Kuluene

*\\ //M\\A//T\\O//*\\G\\R//O\\S//S\\O//*

Minha vida de aventura começou quando eu tinha um mês e meio viajando do Rio de Janeiro onde nasci até o Parque Indígena do Xingu no Mato Grosso onde conheci as aldeias Kamaiurá e Yawalapiti.





Eu era muito pequenininha, nasci com 2.895kg e voei durante 2h de avião até Brasília de lá, foram mais 16h de ônibus até Canarana (cidade que fica no interior do MT).
Compramos alguns mantimentos e na próxima madrugada pegamos 2h e meia de frete até a beira do rio Xingu, pegamos o barco e mais 5 horas para chegar à aldeia.


Foi maravilhoso!


Senti-me em casa.
Dormia na rede com minha mãe. As minhas titias índias ajudavam mamãe a cuidar de mim. Pois a mamãe nunca tinha sido mamãe (mamãe de primeira viagem) e ainda estava se acostumando a cuidar de um bebê. Elas me davam banho e até me amamentavam.



Ah...
Eu via meus parentes lutar Uka Uka...

Ficava atenta e sorrindo ao ver meus parentes dançar taquara.

Gostei tanto que até hoje não posso ouvir o som desta flauta encantadora que dobro o braço direito, bato o pé e começo a dançar.


Esse é o Curumim!
Todo mundo na aldeia o chama assim.
Estava sempre sorrindo e brincando comigo.
Ele sempre balançava a minha rede.




As crianças gostaram muito de mim.
E eu também gostei muito delas!
Sempre me pegavam no colo e me levavam para passear pela aldeia.





Essa é a Renata, minha grande amiguinha Yawalapiti.
Ela ensinou uma música para mamãe que ela nunca esqueceu.
Até hoje ela canta para mim.





Nós pescávamos juntas e sempre tomávamos banho em um lindo Rio de água cristalina:
O Tuatuari!
Eu ainda não comia, mas não faltou peixe e beiju para incrementar o meu leitinho. hehehehe






Brincavam muito comigo, cantavam e dançavam para que eu aprendesse desde cedo os segredos da minha origem.
O que está no meu sangue, no meu espírito e no meu coração.







E este é o famoso Pajé Sapaim Kamaiurá.
A Renata é neta dele e nós ficamos hospedadas nesta casa onde mora o Pajé, suas filhas Anapakualu mãe de Renata e sua outra filha com seus filhos e maridos.
Lá no Xingu as casas são muito grandes e moram muitas famílias na mesma casa. Cada um dorme em sua rede. Ele é amigo de minha mamãe ele também gosta muito de mim.


2 comentários:

Unknown disse...

A Maiarinha é uma criança surpreendente, única e com uma história singular, que merece ser contada e compartilhada com todos.
Acho até que pode ser roteiro de novela..rsrsrs

Unknown disse...

Essa indiazinha merece ser capa de revista ou fazer um importante papel em algum comercial, alem de ser linda traz a pureza e merece ser olhada por esse mundão de Deus.